Olá João

Vi as novas do site, mas imagino que a Chegada do bisavô Sebastião foi antes de 1910. Para termos idéia disso Vô Zezé Leal nasceu em 1905 e consta como natural de Viçosa. Tenho contato com o Laurindo Filho e ele me escreveu uma história que vai nos ajudar a entender um pouco mais.
 
Jacinto, beleza?
 
Depois podemos nos encontrar para trocarmos uma idéias.
 
Um abraço,
 
William Leal
 
 
Texto escrito por Laurindo Salles leal Filho:

(  filho  de  Laurindo  e  Gelcy)
 
" Acho muito interessante a gente resgatar a história da nossa família, mas penso que não somente Leal, mas também o Salles da vovó Alice e o Rodrigues (Sebastião Rodrigues Leal era o pai do seu avô tio Zezé Leal). Somos originários da região de Mariana, onde nasceu a Província de Minas Gerais (Mariana é o primeiro bispado de Minas). A região engloba Pedra do Anta, onde morava a vovó Alice antes de casar com o seu bisavô (meu avô) Sebastião Rodrigues Leal. O vovô Sebastião era primo da vovó Alice e, deste modo, os Salles, Rodrigues e Leal são todos de um mesmo clã.
 

Até meados do século XIX, a Zona da Mata era mantida intacta, isto é, as autoridades faziam questão de deixar a mata em pé para impedir que o ouro de Minas chegasse ao Oceano Atlântico na forma de contrabando. 

Ninguém se atrevia a entrar na mata. Mas em meados do século XIX as autoridades permitiram que fosse colonizada esta zona e, por ser região ínvia, as terras eram muito mais baratas. Se alguém vendesse uma fazenda no centro de Minas teria dinheiro para comprar 10 vezes mais terras nessa região desabitada e ainda povoada por índios. Uma parte desse clã (Leal) vendeu as terras que tinham na região de Mariana e migraram para a fronteira do Estado de Minas, a Zona da Mata. Na época, Eugenópolis era um mato só, totalmente selvagem e as terras eram virgens, próprias para plantar café.

       Os ingleses tinham aberto a Leopoldina Railway por onde escoava a produção. Alguns Leal então foram para a Zona da Mata. Tio Floro Leal e outros se estabeleceram perto da fazenda do vovô Sebastião. O papai dizia que todos se visitavam e se davam muito bem. Quando o vovô chegou na idade de casar, mandou buscar a prima (Alice) em Pedra do Anta. O piano da vovó veio em carro de boi, passando por cidadezinhas perdidas na imensidão das serras. Passaram por Viçosa e Ervália, chegando finalmente em Muriaé e depois São Manoel (hoje Eugenópolis). Eu fiz esse caminho percorrido pela vovó Alice há alguns anos e fiquei muito emocionado. Vovó Alice estudou música e piano no Conservatório de Ouro Preto. Eu também visitei a fazenda onde nasceu a vovó Alice em Pedra do Anta, conversei com uma velhinha que se chamava Dona Márcia de Salles Rodrigues, mãe do Diógenes Rodrigues, de quem fui amigo íntimo por alguns anos, enquanto vivi em Belo Horizonte. Hoje não tenho notícias dele. Isso foi há uns 30 anos atrás. D. Márcia estava muito sem memória, mas lembrava-se do tio Chico de Salles que é pai da Joaninha de Salles (casada com José de Salles) que mora em Manhuaçu, muito amiga da mamãe e hospedou minha irmã Maria Alice quando ela fez curso normal em Manhuaçu no início dos anos 60. Enfim, as estórias são muitas. "

por João  Eli:

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Subject: Re: Familia Salles Leal
Date: Mon, 25 Aug 2008 09:48:17 -0300